A despesa com ações e serviços públicos de saúde passou de R$ 257 milhões no terceiro quadrimestre de 2020 para R$ 338 milhões no mesmo período de 2021
A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Caxias do Sul apresentou à Câmara de Vereadores, nesta quinta-feira (24), o relatório de prestação de contas relativo ao terceiro quadrimestre de 2021. A audiência pública ocorreu no estande da Câmara nos Pavilhões da Festa da Uva. O relatório apontou que, em 2021, houve destinação de 26,96% do orçamento total da Prefeitura para a saúde. Em 2017, a destinação foi de 24,71%.
Os dados de receita e despesas foram apresentados pelo diretor financeiro, Milton Balbinot. Ele destacou que a despesa com ações e serviços públicos de saúde passou de R$ 257 milhões no terceiro quadrimestre de 2020 para R$ 338 milhões no mesmo período de 2021. A receita municipal obtida foi de R$ 129,719 milhões, estadual de R$ 23,789 milhões e federal de R$ 78,077 milhões. O diretor informou que 93,82% do orçamento foi destinado ao pagamento de serviços, pessoal e subvenção (hospitais), restando poucos recursos para investimentos.
A diretora do Departamento de Avaliação, Controle, Regulação e Auditoria (Dacra), Marguit Meneguzzi, tratou dos dados referentes aos serviços de saúde prestados. Ela destacou o crescimento dos atendimentos prestados na Atenção Primária, que passou de 509.717 no primeiro quadrimestre de 2021 para 590.185 no terceiro. Na urgência e emergência o número também aumentou, passando de 256.860 no primeiro quadrimestre para 322.337 no terceiro.
Marguit apontou ainda que os atendimentos em Vigilância em Saúde, o que inclui as estratégias de enfrentamento à covid-19, passaram de 25.634 no primeiro quadrimestre para 49.018 no terceiro, ou seja, praticamente o dobro. “Está muito claro que a pandemia efetivamente impactou todos os processos relacionados à saúde. Mas tenham de nós o compromisso de buscar incansavelmente cada vez mais aplicar melhor os recursos e continuar prestando um serviço de qualidade para a população, que tanto precisa e que merece”, destacou a secretária Municipal da Saúde, Daniele Meneguzzi.
Os diretores também responderam a questionamentos feitos pelos vereadores presentes na audiência, dentre eles, sobre a falta de médicos. Entre as causas está o desinteresse: de 44 médicos nomeados desde outubro, somente nove assumiram. Sobre a marcação de consultas, o diretor-executivo Dino de Lorenzi relatou que a SMS trabalha em um projeto-piloto para agendamento de procedimentos via internet e também na implantação das farmácias regionais para as UBSs Desvio Rizzo, Eldorado e Vila Ipê, o que deve ocorrer de forma gradativa, dentro do Plano de Governo. Lorenzi também apontou que a SMS deve realizar mutirões de especialidades semestrais e mutirões quadrimestrais da Atenção Primária.
Participaram da audiência pública os vereadores Rafael Bueno/ PDT (presidente da Comissão de Saúde), Lucas Caregnato/PT, Olmir Cadore/PSDB, Renato Oliveira/PCdoB e Velocino Uez/PTB.