Pouco muda para os catequistas e os catequisandos
Foi publicado nesta terça-feira (11) o Motu próprio “Antiquum ministerium” com o qual Francisco institui o ministério de catequista. Segundo Francisco, uma necessidade urgente para a evangelização no mundo contemporâneo, a ser realizada sob forma secular, sem cair na clericalização.
“Fidelidade ao passado e responsabilidade pelo presente” são “as condições indispensáveis para que a Igreja possa desempenhar a sua missão no mundo”, assim escreve o Papa Francisco no Motu próprio “Antiquum ministerium”. O documento publicado dia 11 foi assinado no dia anterior, segunda-feira (10). Menção a memória litúrgica de São João de Ávila, presbítero e doutor da Igreja – com o qual institui o ministério de catequista.
No contexto da evangelização no mundo contemporâneo e diante da “imposição de uma cultura globalizada”, de fato, “é necessário reconhecer a presença de leigos e leigos que, em virtude de seu Batismo, se sentem chamados a colaborar no serviço da catequese”. Al000ém disso, o Pontífice enfatiza a importância de “um encontro autêntico com as gerações mais jovens”, como também “a necessidade de metodologias e instrumentos criativos que tornem o anúncio do Evangelho coerente com a transformação missionária da Igreja”.
Nossa reportagem conversou com o Pároco de Antônio Prado, Pe.Kleiton Pena, pedindo qual a mudança na catequese esse com esse decreto confira a seguir oque disse o religioso:
O que muda?
Na verdade, chamar o serviço de catequese como Ministério é um ato de valorização da catequese. Mostra que a catequese é uma dimensão importante da vida da Igreja e merece mais atenção. Que não consiste numa aula de transmissão de informações (que poderia ser substituída por leituras, por exemplo), mas que exige uma dimensão espiritual e mística de todos os responsáveis. Essa compreensão já havia sido apontada pelo Papa Bento XVI quando esteve reunido com os bispos da América Latina e Caribe no Santuário de Aparecida. Agora, o Papa Francisco confirma este caminho e os passos que foram dados nos últimos anos.
Assim, os catequistas provavelmente serão chamados de Ministros Extraordinários da Catequese. Receberão a Colação de Ministério numa celebração presidida pelo Bispo ou algum padre que o represente. E outras mudanças ainda poderão acontecer com as adaptações feitas pelos bispos do Brasil.
Segundo o padre, a catequese já passou por uma mudança muito grande desde 2010, onde foi adotado o método “Orante da Palavra de Deus”.
“Esse é um método de oração que nos ajuda a contemplar e meditar a Palavra de Deus presente nas Sagradas Escrituras e na Sagrada Tradição ensinada pelos Apóstolos”.
Kleiton disse que as salas foram adaptadas desde 2010 e que a diocese foi a primeira do Brasil a se atualizar.
“A nossa Diocese foi uma das primeiras do Brasil a se atualizar. Muitas outras dioceses brasileiras pediram emprestados nossos manuais de catequese.”