Os novos empresários se instalaram em um pavilhão alugado as margens da ERS 437, na saída para Nova Roma do Sul
Usado desde o principio dos tempos, o mármore no início serviu para esculpir estátuas, depois pisos e agora móveis e objetos de decoração.
Chamado de marmorista, os trabalhadores devem, em primeiro lugar, saber interpretar os projetos. Passando pelo corte, lixamento e polimento, o mármore em qualquer projeto é sempre um luxo. Por isso esse tipo de trabalho exige muita experiência, pequenos erros nestes processos podem comprometer a estética do projeto.
O Projeto Gente que Faz procurou a empresa Marmoprado para mostrar um pouco desse trabalho. Criada em 2015, a empresa surgiu a partir do desejo de dois amigos que queriam deixar de serem empregados para se tornarem patrões.
Como surgiu a empresa e quem são os patrões
Com uma história de 22 anos trabalhando com mármore, o catarinense Wladnir Ramos, conhecido como Cata, veio de sua terra natal em 2000, já com a experiência na função. Na serra, em parceria com o sogro, abriu uma empresa de produção de peças de mármore em Ipê. A empresa passou por dificuldades e acabou sendo vendida para um empresário de Antônio Prado. Cata então, de patrão virou empregado, durante 15 anos. Nesse período conheceu um colega de trabalho e juntos mudaram o rumo de suas histórias.
Guilherme Canello começou a trabalhar com mármore em 2011, quando aceitou a proposta para trabalhar na empresa que era de Cata. Começou ali uma amizade entre os dois futuros empresários. Juntando a experiência dos dois e com o incentivo do padrinho de Canello, que produz móveis sob medida, foi dado o passo inicial para a criação da empresa. “Meu padrinho insistia sempre que era pra gente montar a nossa empresa, que nós íamos sair trabalhando nos seus projetos de móveis”.
Os novos empresários se instalaram em um pavilhão alugado as margens da ERS 437, na Travessa Camilo Marcantônio, nº 1001, na saída para Nova Roma do Sul, onde com muitas dificuldades começaram a realizar o seu sonho. Os sócios relatam que no início foi muito difícil, o dinheiro era pouco e com isso era complicada a compra de matéria prima. Era preciso trazer o mármore do estado de Espirito Santo e Bahia, além de importar da Espanha peças especiais. Para poder comprar material, pediram ao proprietário do pavilhão uma carência de três meses no pagamento do aluguel, o que de imediato foi aceito, pois enxergou nos jovens uma incrível vontade de vencer.
A partir do auxilio do padrinho de Canello e do dono do pavilhão, a dupla começou a produzir, comprar equipamentos e, logo, começaram a fazer estoque de chapas de mármore.
Com cinco colaboradores, a Marmoprado completa cinco anos de atividade, idealizando projetos sofisticados em todos os ambientes.
Como forma de agilizar a produção, a empresa adquiriu recentemente um equipamento computadorizado para acabamento de peças.
A Marmoprado é uma empresa criada por Gente que Faz https://www.youtube.com/watch?v=9peHOqNiTW4