Idalice Manchine concedeu entrevista à Rádio Solaris 97.3
Após a realização de pesquisa que buscou ouvir as demandas do setor varejista, definido como serviço não essencial pelo Governo do Estado, o Sindilojas Caxias do Sul, com representação na região, está buscando junto aos órgãos estaduais e federais a possibilidade de reabertura das atividades.
Conforme Idalice Manchine, presidente da entidade, “as receitas estão severamente comprometidas” com a interrupção completa das atividades, que deve permanecer até o final de março. A principal demanda do setor tem sido a busca por capital de giro para conseguir arcar com os custos.
Entre as ações práticas de auxílio ao setor estão a prorrogação para início do pagamento dos empréstimos realizados através do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (PRONAMPE), em 90 dias, além da postergação do ICMS de março para abril, medida que é vista pelo Sindilojas como pouco eficaz, prorrogando apenas de um mês para outro.
Além disso, para evitar demissões em massa no comércio, são estudadas medidas como redução de carga horária e salário ou suspensão temporária de contrato. Os dados da pesquisa apontam que 21% dos varejistas terão que demitir funcionários quando as atividades retornarem.
“Teremos uma leva de demissões”, diz Idalice ao projetar uma quebra de 20% nos empregos. Atualmente, a região conta com cerca de 35 mil trabalhadores no setor.
A pesquisa realizada com 505 comerciantes do varejo caxiense apontou que 62,8% deles correm risco de fechar seus estabelecimentos caso as medidas de fechamento sigam por mais tempo.
Juntamente com o Sindicomerciarios, o Sindilojas tenta criar medidas como redução salarial e da carga horária em 25 ou 50%, onde haveria garantia do emprego após o período de redução e sem perda de direitos. Também há previsão para antecipar futuras férias. Junto à Associação das Imobiliárias está sendo buscada a negociação de custos para os comerciantes.
Confira a entrevista
Fonte: Grupo Solaris – Repórter Luiz Augusto Filipini