A queda em julho deste ano foi de 85 mil habilitações
Levantamento realizado pelo Programa SOS Estrada mostrou que a obrigatoriedade do exame toxicológico para condutores habilitados nas categorias C, D e E pode estar refletindo positivamente na segurança viária. Isso porque, desde 2016, houve uma redução de mais de 3,6 milhões de motoristas habilitados nas categorias C,D e E que pode estar relacionado diretamente a condutores potenciais usuários regulares de drogas que conduzem veículos pesados.
O número de CNHs nas categorias C, D e E , segundo levantamento do Programa SOS Estradas, apresentava desde 2011 um histórico de crescimento anual médio de 2,8%, totalizando 13.156.723 de motoristas habilitados em 2015.
A partir de março de 2016, pela primeira vez no Brasil, houve uma redução juntamente com o início da exigência do exame toxicológico. Em dezembro de 2019, seguindo a tendência de queda foram registrados 11.640.450 habilitados nas categorias C, D e E, número inferior ao existente em dezembro de 2011.
Em 2021 essa tendência de queda nas habilitações C, D e E permaneceu. Em julho deste ano, o total de habilitados na categoria caiu para 11.427.608, 85 mil a menos ao registrado em dezembro de 2020 e 368 mil a menos que em 2011, um dado inédito na história do trânsito brasileiro.
DADOS DO DETRAN MOSTRAM QUEDA DE CNH C, D e E
Quando analisada a tendência de crescimento entre 2011 e 2015, e comparada com os cinco anos posteriores, fica ainda mais evidente o impacto do exame toxicológico. Mantida a mesma tendência de aumento de 2,8% nestas categorias entre 2016 e 2020, o país deveria ter aproximadamente 15.104.745 condutores C, D ou E no final do ano passado.
Entretanto, o total, segundo os dados do Denatran, foi de 11.512.003. Portanto, quase 3,6 milhões menos, caso fosse mantida a taxa de crescimento registrada entre 2011 e 2015.
Portanto, o país tem menos condutores habilitados nestas categorias, mas também menos condutores de veículos pesados usuários regulares de drogas.
Daniela Giopato Da Silva/Portal O Carreteiro
1 comentário
Cada um analisa pelo lado que mais lhe convém, não tem nada haver com usuário de drogas e sim com mais um custo para o condutor, antes ficava na categoria C,D ou E quem pensava, já que vou tirar carta, ja vou na D, pois se aparecer trampo que precise, mas agora não compensa, ficar pagando por uma coisa que você dificilmente vai usar, alguém tá ganhando dinheiro!
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