Diogo Scopel é responsável por organizar o conteúdo e as imagens nas páginas do Jornal publicado mensalmente
Hoje, 1º de agosto, o Jornal Panorama Pradense completa 50 anos e segue sendo o único veículo de comunicação impresso em Antônio Prado.
Neste mês a Rádio Solaris realiza uma série de entrevistas que contam histórias de pessoas que contribuíram para o periódico desde a sua fundação até os dias de hoje.
As matérias contam com o apoio da CIC Antônio Prado, VMB Express, Ciklo Indústria e Comércio de Geradores Ltda, Eliottis do Brasil Indústria Moveleira, NV Chapeação, ALB Industria e Comércio de Artefatos de Cimento, Móveis Dunnii, Pastifício Giulian e Fawil Roupas e Uniformes Industriais.
Hoje vamos contar a história do publicitário Diogo Scopel, da VMB Informática, responsável pela diagramação mensal do Jornal desde 1999. Scopel é graduado em Publicidade e Propaganda pela UCS. Iniciou na diagramação do Panorama Pradense anos antes com 17 anos pela VMB, empresa de seu irmão na época. “Inicialmente a gente usava um software que não existe mais chamado PageMaker e íamos nos adequando a ele”.
Ele relembrou o processo de diagramação nos anos 90 em que Paulo Barp, na época editor do Jornal vinha até a VMB em uma data marcada com um Zip disk, um disquete removível de capacidade média entre 100 MB e 750 MB que armazenava as matérias.
As fotos eram todas impressas, fazia-se uma edição simples em que se aumentava um pouco o brilho e as transformava em preto e branco para posteriormente digitalizar uma por uma. “Então o editor sentava ao meu lado e ia me dizendo como queria organizar o material nas páginas do jornal”.
Um arquivo padrão foi criado e a partir dele cada edição era montada. Na época uma pasta era criada para as notícias e outra só para as imagens e ia as importando.
Feita toda a diagramação, o jornal era finalizado, e então uma cópia de revisão era impressa, as correções eram feitas no programa e finalmente a edição era fechada e enviada por ônibus até Caxias do Sul para ser retirado pelo Pioneiro que imprimia o jornal e o enviava a Antônio Prado para ser distribuído.
O processo seguiu desta forma até meados de 2004 quando o software foi descontinuado e substituído pelo seu sucessor Adobe In Design, utilizado até os dias de hoje. No início Scopel comenta que para diagramar o Jornal com cerca de 20 páginas demorava-se cerca de cinco dias. Atualmente leva-se no máximo dois dias para finalizar uma edição que é enviada a uma gráfica em Lages, Santa Catarina para ser impresso.
Com a pandemia o processo precisou ser adaptado e os responsáveis pelo Jornal não vêm mais até a VMB. O conteúdo é encaminhado por e-mail e os ajustes necessários são feitos via Skype.
“Os últimos quatro projetos gráficos do jornal, que são diferentes da diagramação, foram criados por nós e eu tenho um carinho especial pelo Jornal, tanto que a gente também foi anunciante de capa por muitos anos em que dividíamos o espaço com a Solaris Seguros,” comentou Scopel.
Ao rememorar um fato marcante nestes anos de diagramação do Panorama ele contou que houve um período em que foi lançado outro jornal na cidade chamado Cidadania e que a VMB também foi contratada para diagramá-lo e o fato curioso: Tanto o Panorama quanto o Cidadania eram publicados no mesmo período o que tornava a diagramação um desafio.
“Um não poderia saber o que iria sair no outro, então não poderíamos atender os dois clientes juntos. Como era na mesma semana nós fazíamos o Panorama das 8h da manhã às 18h da tarde e das 20h da noite até as 6h da manhã fazíamos o Cidadania para que não houvesse conflito de informação”
Segundo ele eram três dias de correria em que a equipe ficava sem dormir para dar conta de produzir ambos os jornais.
O profissional fala com carinho sobre sua contribuição para o impresso e comenta em sua opinião sobre a relevância do Panorama para a comunidade. “Eu acredito que o Panorama é ainda um dos melhores meios de uma empresa chegar ao consumidor e ainda funciona muito aqui. Nesses 50 anos ele nunca foi interrompido. Somente em 2020 deixaram de imprimir algumas edições por conta da pandemia, pela questão da distribuição, mas hoje é distribuído normalmente de forma mensal,” completou.
Fonte: Grupo Solaris – Repórter Taís Vargas