Boeing 727-200 que ficou ilhado no aeroporto de Porto Alegre passa a integrar o acervo do Museu Militar Brasileiro
O Boeing 727‑200 cargueiro, que se tornou um dos símbolos da tragédia das enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul em maio de 2024, vai ser incorporado ao acervo do Museu Militar Brasileiro, em Panambi, às margens da BR‑285. A confirmação foi feita pelo próprio museu em nota divulgada nas redes sociais.
O avião ganhou destaque após ficar parcialmente submerso na pista do Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, durante a enchente. A imagem viralizou e se tornou um dos retratos mais emblemáticos da catástrofe, registrando a força das águas que atingiram centenas de cidades no estado.
Atualmente, a aeronave passa por processo de desmontagem na capital gaúcha. Asas, trem de pouso e outros componentes já foram retirados para viabilizar o transporte, que deve ocorrer até o fim de setembro.
Segundo o museu, o deslocamento deve exigir uma operação logística de grande porte: o Boeing vai ser colocado sobre uma plataforma puxada por caminhão e segue por Eldorado do Sul, Pantano Grande, São Sepé e Santa Maria. A BR‑386 será evitada devido a obras. O transporte pode ser feito apenas durante o dia, sem movimentação às sextas-feiras e finais de semana, sempre acompanhado por equipes de trânsito.
Com 45 toneladas, 47 metros de comprimento, 33 metros de envergadura e 10,36 metros de altura, o Boeing 727‑200 vai ampliar o acervo do Museu Militar Brasileiro de Panambi, que passa a contar com 14 aeronaves em exposição. A expectativa é que o cargueiro seja posicionado em uma nova ala dedicada a catástrofes naturais, permitindo que visitantes compreendam a dimensão do desastre e o impacto das enchentes na vida das pessoas.