Ainda em agosto de 2024, Léo Mathias inaugurou um monumento na Alemanha, simbolizando os 200 anos da imigração alemã no Sul do país
Morreu nesta quarta-feira (23), aos 46 anos, o artista plástico caxiense Leonardo Mathias. A causa da morte foram complicações de um acidente de trânsito ocorrido no início do ano. O corpo de Mathias foi cremado nesta quinta-feira, às 16h30min, no Memorial Crematório São José.
Escultor autodidata, Léo Mathias ficou conhecido pelo trabalho a partir do uso de materiais diversos, com o uso de basalto, mármore, granito, madeira e metais, utilizando seus conhecimentos como mecânico e como professor, para produzir suas obras. A menos de um ano de sua morte, o artista inaugurou um monumento na Alemanha, simbolizando os 200 anos da imigração alemã no Sul do país. Ao longo de sua trajetória, realizou exposições em galerias da Serra e assinou diversos trabalhos.
Em agosto de 2024, seu talento transformou uma pedra de 20 toneladas em um monumento em formato de bota, instalado na cidade alemã de Emmelshausen, coirmã da cidade gaúcha de Nova Petrópolis. Desde então, a escultura passou a representar não apenas o marco histórico dos 200 anos da imigração, como também a fraternidade entre os povos de Brasil e Alemanha — especialmente entre Emmelshausen e Nova Petrópolis.


O artista também deixou sua marca no Esculturas Parque Pedras do Silêncio (localizado na rua Emílio Dinnebier Filho, 560, Zona Rural de Nova Petrópolis) – onde contribuiu para o acervo que preserva a memória e a cultura dos imigrantes que colonizaram a região.
A Secretaria da Cultura de Caxias do Sul emitiu uma nota de pesar, pelo falecimento do artista:
“Com pesar, a Secretaria da Cultura lamenta o falecimento do escultor caxiense. Artista autodidata e professor, Leonardo explorou diversos materiais com domínio técnico e olhar artístico. Com base em experiências profissionais na mecânica e na docência, construiu obras singulares, sensíveis e contemporâneas, deixando usa marca na arte local. Manifestamos nossos sentimentos aos familiares, amigos e à comunidade cultural.”