Operação ocorreu na manhã desta sexta-feira (12) e busca um quarto suspeito de participação do homicídio de Samuel Pontes, em 9 de novembro
A Polícia Civil prendeu, na manhã desta sexta-feira (12), três suspeitos de envolvimento no homicídio de Samuel Pontes, 41 anos, morto a tiros em 9 de novembro no bairro Nossa Senhora de Fátima, na Zona Norte de Caxias do Sul.
A ação, realizada pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) com apoio da Brigada Militar (BM), faz parte da Operação Adelfos — palavra grega que significa “irmãos” e que faz referência ao fato de os principais investigados terem parentesco.
Ao todo, quatro mandados de busca e apreensão foram cumpridos. Em um dos endereços, os policiais apreenderam uma pistola calibre 9mm, que pode ter sido utilizada no crime e vai passar por perícia. Três mandados de prisão temporária também foram executados, todos relacionados a suspeitos já identificados durante a investigação. Um quarto envolvido permanece sendo procurado.
O delegado Raone Nogueira, titular da DHPP, acompanhou as diligências e informou que a operação transcorreu sem incidentes. Segundo ele, cerca de 30 dias de investigação permitiram à equipe esclarecer a dinâmica do crime e confirmar a motivação.
“Consideramos a operação exitosa pelo cumprimento de todos os mandados sem qualquer alteração. As prisões temporárias já estavam decretadas e conseguimos também apreender a arma. Ao longo desses 30 dias, avançamos bastante, elucidamos os fatos e identificamos que a motivação foi pessoal, decorrente de desavenças entre vizinhos, sem relação com tráfico de drogas ou outros crimes”, afirmou em entrevista à reportagem da Rádio Solaris.
Colisão de trânsito não teve ligação com o assassinato
No dia do crime, Samuel Pontes havia se envolvido em um acidente de trânsito instantes antes de ser morto. Posteriormente enquanto caminhava pela rua, próximo ao Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS), uma motocicleta passou pelo local e seus ocupantes efetuaram vários disparos. A vítima morreu antes da chegada do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
A Polícia Civil havia apurado inicialmente a hipótese de que o acidente pudesse ter motivado a execução, mas a linha foi descartada. “De fato houve uma colisão momentos antes, mas não tem relação com o homicídio. Foi uma coincidência. A execução decorre exclusivamente das desavenças pessoais entre os envolvidos”, explicou Nogueira. O Instituto-Geral de Perícias (IGP) realizou levantamentos na noite do crime e as investigações continuam para localizar o quarto suspeito e concluir o inquérito.
A Polícia Civil deve divulgar o balanço final da Operação Adelfos ainda no fim da manhã desta sexta-feira.