Promotoria Criminal pede restabelecimento da prisão preventiva, alegando risco de reiteração e gravidade dos fatos
O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) recorreu da decisão judicial que concedeu liberdade provisória a uma professora de 49 anos acusada de maus-tratos contra quatro crianças em uma escola de educação infantil de Caxias do Sul, na Serra gaúcha. O recurso foi apresentado nesta terça-feira (11) pela Promotoria de Justiça Criminal do município.
A denúncia contra a professora foi oferecida em 10 de setembro, após a apuração de episódios ocorridos em 2024 e em agosto deste ano. Conforme as investigações, uma das vítimas sofreu lesões dentárias graves ao ser atingida por uma pilha de livros, em incidente registrado por câmeras de segurança da escola. Outra criança foi agredida momentos antes, no mesmo dia, e outros dois casos semelhantes teriam ocorrido no ano anterior.
No recurso, a promotora de Justiça Adriana Karina Diesel Chesani sustenta que ainda estão presentes os requisitos para a prisão preventiva, destacando a gravidade dos delitos, o risco de reiteração criminosa e a comoção social provocada pelo caso. Ela também argumenta que as medidas cautelares impostas à acusada são insuficientes para garantir a ordem pública. O Ministério Público solicita que a decisão que concedeu liberdade provisória seja reconsiderada ou, caso mantida, que o Tribunal de Justiça restabeleça a prisão preventiva da professora.