Principal impacto é na área da educação, onde 69 das 82 escolas aderiram à paralisação
Os servidores públicos municipais de Caxias do Sul paralisaram as atividades nesta sexta-feira (16). A mobilização faz parte da Campanha Salarial 2025 e ocorre durante o período de negociações com o Executivo.
Desde janeiro, a categoria tem buscado diálogo com a administração, mas relata ter recebido apenas uma proposta considerada simbólica: um reajuste de 1%, previsto para 2025, com desconto no repasse de 2026. A pauta apresentada pelo Sindiserv conta com mais de 40 reivindicações; até o momento, apenas três foram aceitas pela Prefeitura.
De acordo com o sindicato, a paralisação é um protesto por respeito e valorização. “Não é só por salário. É por dignidade de quem mantém esta cidade viva todos os dias”, afirmou a presidente do Sindiserv, Silvana Piroli.
Nesta sexta-feira, ocorrem duas rodadas de negociação entre representantes do sindicato e da administração municipal. Pela manhã, o Executivo apresentou novas propostas, que serão analisadas pela diretoria do Sindiserv e depois repassadas à categoria. Uma nova reunião foi marcada para o período da tarde.
A Prefeitura informou que os atendimentos à população foram mantidos, embora com possibilidade de atrasos pontuais. Servidores puderam utilizar banco de horas, faltas justificadas ou folgas eleitorais para participar da paralisação. “A administração municipal reitera que segue aberta ao diálogo com os servidores, mantendo a responsabilidade com a gestão das contas públicas”, informa nota do Executivo.
Educação concentra maior impacto
A paralisação teve maior adesão na área da educação. Das 82 escolas municipais, 69 permaneceram fechadas nesta sexta-feira. Nos demais setores, como saúde e assistência, os atendimentos seguiram com relativa normalidade, com ajustes internos.
Reivindicações dos servidores
Entre os principais pontos apresentados pela categoria estão:
– Corte de 50% dos cargos de confiança;
– Redução nos gastos com publicidade;
– Revisão e corte de contratos;
– Auditoria nas grandes secretarias;
– Ocupação da Maesa para reduzir despesas com aluguéis;
– Redução dos CAJs.
O Sindiserv defende que há espaço no orçamento para atender às demandas, sem comprometer as contas públicas, desde que haja uma reestruturação nas prioridades da gestão.