Sete brasileiros estão entre os 133 cardeais que participam da eleição
O Vaticano anunciou nesta segunda-feira (28) que o Conclave para eleger o novo Papa começa no próximo dia 7 de maio. A definição foi tomada durante a quinta Congregação Geral, reunião a portas fechadas que reuniu cerca de 180 cardeais.
Com a decisão, a Capela Sistina já foi fechada para a visitação pública e passa agora pelos preparativos para receber o processo eleitoral, como a instalação da chaminé por onde será emitida a tradicional fumaça indicando o andamento das votações — branca, em caso de eleição; preta, se não houver consenso.
O Conclave para eleger o 267º pontífice católico terá início após o fim do Novendiales, o período de nove dias de luto pela morte do Papa Francisco, iniciado no último sábado (26).
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Participação brasileira
Entre os 133 cardeais com direito a voto, sete são brasileiros, o que representa pouco mais de 5% do total. Estarão presentes no Conclave: Sérgio da Rocha (arcebispo de Salvador), Jaime Spengler (arcebispo de Porto Alegre e presidente da CNBB), Odilo Scherer (arcebispo de São Paulo), Orani Tempesta (arcebispo do Rio de Janeiro), Paulo Cezar Costa (arcebispo de Brasília), João Braz de Aviz (arcebispo emérito de Brasília) e Leonardo Ulrich Steiner (arcebispo de Manaus).
Esta será uma das eleições mais diversas da história recente da Igreja Católica, com cardeais de diferentes regiões do mundo participando do processo.
Como será a eleição
Para ser eleito, o novo Papa precisa conquistar dois terços dos votos, o que corresponde a pelo menos 89 votos. As votações ocorrem na Capela Sistina, podendo ser realizadas até quatro rodadas por dia — duas pela manhã e duas à tarde.
Caso nenhum candidato seja escolhido após três dias, ocorre uma pausa de 24 horas para oração e reflexão. Se ainda não houver consenso após 34 votações, os dois cardeais mais votados disputam uma votação final, mantendo-se a necessidade de dois terços dos votos para a eleição.
Nos dois conclaves anteriores, realizados em 2005, quando foi eleito Bento XVI, e em 2013, que elegeu Francisco, a escolha foi concluída em apenas dois dias. No entanto, a duração do processo pode variar, já que depende exclusivamente da formação de um consenso entre os cardeais.