Rio das Antas atinge nível mais baixo dos últimos anos
Escrito por Ronei Marcilio em maio 5, 2020
Em locais é possível a travessia a pé
Mesmo com toda a sua imponência, o Rio das Antas vem sentindo a falta de chuvas dos últimos meses. A baixa assustadora das águas pode ser maior que da década de 40, quando no local foi esculpida na pedra a data da estiagem, no nível mínimo do rio.
Na tarde de segunda-feira (04) nossa equipe esteve na Ponte Valdomiro Bocchese, divisa com Flores da Cunha e percebemos que, em muitos pontos é possível a travessia a pé. Logo abaixo da ilhota, que fica a direita da ponte, é possível cruzar o Antas sem molhar os pés.
No local, onde aportava a balsa, que fazia a travessia do rio até a década de 60, é possível visualizar uma inscrição gravada na pedra, com data de 1940, com as iniciais PP, que segundo moradores próximos seria de Pedro Pegorini, que era balseiro.
Não foi possível levantar à informação de quantas vezes as águas baixaram tanto.
Em 2012 uma longa estiagem deixou parte da inscrição emergiu, porém parte dela ainda estava submersa. Já na segunda-feira a inscrição estava toda à mostra.
Os 28 milímetros de precipitação das últimas horas pouco alterou o nível do rio.
Conheça o Rio das Antas
O Rio das Antas, pertence à Bacia Hidrográfica Taquari-Antas, a qual abrange 118 municípios gaúchos.
O rio Taquari-Antas tem suas nascentes nos municípios de Cambará do Sul, Bom Jesus e São José dos Ausentes, numa região de baixa densidade populacional, onde predomina a criação extensiva de gado. Esta paisagem começa a se transformar na altura de Antônio Prado, onde predomina a pequena propriedade com utilização intensiva, já com densidades mais elevadas. O trecho mais significativo em termos de uso e ocupação do solo está compreendido entre os municípios de Antônio Prado e Veranópolis, concentrando 50% da população e 57% das indústrias da bacia. Quanto ao uso agrícola, destacam-se em área cultivada as bacias de drenagem dos rios Carreiro, Forqueta e das Antas, predominando as culturas de milho e soja. Além destas culturas, o arroz também é cultivado nas partes mais planas, ao sul da bacia.
Reportagem de Ronei Marcilio
Imagens Luiz Filipini
Viviane Pugens Em maio 5, 2020 em 6:19 pm
Obrigada por essa linda lembrança do meu avô materno Pedro Pegorini