A seca do Rio das Antas registrada por um antigo balseiro de Antônio Prado
Escrito por Ronei Marcilio em maio 11, 2020
As pedras ficaram a mostra devido à estiagem

A reportagem sobre a seca que mostrou a agonia do Rio das Antas, em Antônio Prado, acabou revelando uma história interessante de um filho de imigrante italiano que viveu no local.
Nas pedras que ficaram a mostra devido à estiagem, é possível visualizar inscrições gravadas em diferentes datas nos anos de 1935 e 1940, sendo um pouco mais difícil precisar o dia. Bem mais visíveis estão as iniciais PP.
Segundo moradores, essas inscrições só aparecem em períodos de muita seca e foram feitas pelo balseiro da época, identificado como Pedro Pegorini.


Filho de Felix Francisco Pegorini e Concórdia Pegorini, que também moraram na encosta do rio, Pedro Pegorini foi um dos primeiros balseiros do local, que fazia a travessia do rio até a década de 60.

Em pesquisa realizada nas redes sociais, identificamos o sobrenome Pegorini. De imediato entramos em contato com Gabriela Pegorini, residente em Vacaria, que posteriormente se identificou como bisneta de Pedro.
No último sábado (09) Gabriela trouxe, para conhecer o local, seu marido Artur Veadrigo, que é natural da Linha 30, seu tio, que é neto de Pedro, Marco Pegorini e sua tia/avó Edviges Pegorini, 84 anos, Filha de Pedro, que recordou os momentos de sua infância.
Todos ficaram impressionados e emocionados com os registros de uma história que Edviges contava sempre que a família se reunia.
Edviges nasceu no vale do Rio das Antas no ano de 1936, contou histórias do pai quando balseiro, dos banhos e pescarias no rio. Lembra ainda da marcação feita pelo pai do local.
Revelou que depois de se mudarem, nunca mais tinha voltado ao local.
Pedro Pegorini se mudou com a família em 1951 para Vacaria, quando Edviges tinha apenas 15 anos, onde a maioria dos seus descendentes ainda permanece.

Reportagem e Imagens do Local/Jornalista Ronei Marcilio
Imagens Antigas/Arquivo pessoal de Gabriela Pegorini
Rosane Caldart Em maio 11, 2020 em 11:21 pm
Meu pai nasceu em Antônio Prado e Octavio José Caldart, meu pai, costumava nadar no Rio das Antas quando adolescente lá pelos anos de 1950.
Ivando Pegorini Em maio 12, 2020 em 12:27 am
Ótima reportagem. Emocionante também saber que meu tio, Pedro Pegorini é o personagem dessa história interessante sobre a seca do Rio das Antas. Parabéns.
Jorgita Bizotto Em maio 12, 2020 em 8:36 am
Amei a reportagem
Renato Em maio 13, 2020 em 12:41 am
Parabéns para família Pegorini. Por esse motivo é muito bom estudar história pois ela nos traz o passado para conhecermos o futuro. Grande abraço.